segunda-feira, 18 de junho de 2007

Amor líquido!

Aí vai:
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"Os fluidos se movem facilmente. Eles fluem, escorrem, esvaem-se, respingam, transbordam, (...); são filtrados, destilados; diferentemente dos sólidos, não são facilmente contidos - contornam certos obstáculos, dissolvem os outros e invadem, inundando seu caminho. Do encontrar com sólidos, emergem intactos, enquanto os sólidos, se permanecem sólidos, são alterados - ficam molhados ou encharcados.

A mobilidade dos fluidos é o que os associa à idéia de leveza. Há líquidos que, centímetro cúbico por centímetro cúbico, são mais pesados que muitos sólidos, mas ainda assim tendemos a vê-los como mais leves, menos pesados que qualquer sólido. Associamos a leveza ou ausência de peso à mobilidade e à inconstância: sabemos pela prática que quanto mais leves viajamos, com maior facilidade e rapidez nos movemos. Por isso podemos considerar fluidez ou liquidez como metáforas adequadas quando descrevemos a natureza da presente fase, nova de muitas maneiras, na história da modernidade.

A modernidade líquida em que vivemos traz consigo uma misteriosa fragilidade dos laços humanos, um amor líquido. Nela, as relações tornam-se cada vez mais 'flexíveis', gerando níveis de insegurança sempre maiores. A prioridade a relacionamentos em 'redes', as quais podem ser tecidas ou desmanchadas com igual facilidade - e freqüentemente sem que isso envolva nenhum contato além do virtual - faz com que não saibamos mais manter laços em longo prazo.

Mais que uma mera e triste constatação, esses livros são um alerta - não apenas as relações amorosas, mas os vínculos familiares, de amizade e trabalho são afetados. A capacidade de tratar um estranho com humanidade é prejudicada...”

(Breve descrição dos livros “Modernidade Líquida” e “Amor Líquido”, do autor Zygmunt Bauman)
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E não é assim que as coisas são??


Aliás, RECOMENDO os livros!

As pessoas buscam, ao mesmo tempo,
estreitar laços e mantê-los frouxos.
(Zygmunt Bauman)

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